Hoje voltei a ver-te pela manhã. Não me viste, estavas com
um casaco preto, na fila da frente, na sala de aula perto de onde tive aulas
hoje, no piso de cima de onde tive e voltarei a ter de tarde.
Prometi-te que sempre que te vir irei querer que saibas, como o que sou, o que sinto, porque tu és a minha história, a única que quero viver!!
Cheguei por volta das nove horas à Universidade, mal entrei quis acreditar
que deixaste o carro naquele sítio que é especial para mim, onde deixei ontem o meu
pela manhã, porque quem sabe, poderás saber da minha existência, mas pode ser apenas uma confortante
e apaixonada coincidência… Sempre que vir esse gesto acredita que irei multiplicar o meu amor, porque és a única pessoa que quero ver, amar, sentir no meu coração e nos meus braços.
O destino quis pregar-me uma partida, aliás, foi a melhor
partida que podia ter-me oferecido pela manhã. Podes achar, um dia, que sou uma pessoa estranha por me sentir feliz em te ver, nem que seja ao longe, apenas os fios que compõem o teu cabelo precioso. Sabes uma
coisa, lutaria mais depressa por um fio do teu cabelo do que pela minha
vida, porque sem ti, o que sou? Queria ficar junto de ti, a olhar para ti, a
fazer-te bem, a fazer com que te sentisses como um dia te mostrei quem sou e irei continuar cada vez mais, a melhorar quem sou…
A verdade é que só te encontrei porque estou a toda a hora a
tentar ver-te em todo o lado, em todas as salas, em todos os cantos, se não te amasse, se não te quisesse na minha
vida como tu continuas a pensar, não te tinha visto de certeza, porque desafio
todos os dias a minha visão, para que um dia me ofereça momentos como este.
Era perto do intervalo da manhã, como tive a mesma
disciplina durante toda a manhã, o professor deixou-nos sair mais cedo para
como ele diz na brincadeira, ir ao centro comer um pastel de nata, na
condição de lhe levar um para ele.
As máquinas do café são no piso de cima, por isso tive que
subir as escadas e, por intuição, olhei para a minha direita, na primeira sala
logo acima desse patamar.
Foi impressionante como não tive dúvidas que eras tu,
estavas dentro da sala, na fila da frente, do lado direito da sala, no primeiro
lugar, a contar da esquerda para a direita. Reconheci-te pelo teu cabelo.
Conheço cada pormenor teu, porque serás sempre a pessoa que quero completar, e
por isso passo horas a amar-te, a reconhecer cada fio do teu cabelo radiante.
Estavas atenta, com as mãos cruzadas em frente de ti, com os
cotovelos apoiados na mesa. Costumo também estar assim, por isso sorri.
Gostava que um dia também me procurasses, que me tentasses encontrar em todo o lado. Gostava que um dia também me encontrasses numa sala, durante uma aula, e reconhecesses no meu olhar atento o amor que sinto por ti.
No entanto a professora estava à tua frente, penso que estava a dar
aula. Acho que ela se apercebeu que estava a olhar para ti, porque ficou a
olhar para mim por breves momentos enquanto falava. Penso que estava uma tua
colega cá fora, com um telemóvel a fazer uma chamada, digo isso porque estava
encostada à porta de entrada, não sei se entrou depois ou não na sala, porque decidi ir embora. Não queria estar ali a criar mau
ambiente, poderias ver-me e quem sabe pensar que estava a vigiar-te, quando
estava apenas a passar, e encontrei a minha alegria de viver.
Já são duas professoras que sabem que te amo, saberás tu, um dia, que te amo?
24 FEV, 2017 0
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